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Um Conselho Criativo para o Fim do Ano

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Por Lavinia Junqueira

Coluna Fala Conselho: Para inspirar vocês neste fim de ano, conversei com Betina Bellini, Conselheira em Estratégia, Pessoas e Implementação para criatividade e inovação. Começamos por entender mais sobre o DNA da inovação. Segundo Betina é buscar tendências, correr riscos, rever conceitos e não se conformar com o status quo. Para inovar é necessário exercitar o pensamento criativo. É possível fazer isso fortalecendo a autoestima criativa das pessoas, a lembrança dos tempos de infância, a colaboração “sem salto alto”, estimulando a proximidade da equipe e a interlocução continuada com clientes, fornecedores, colaboradores e outros stakeholders. “Para ser criativo basta ser mais natural”, diz ela, lembrando que no Tibet as palavras são sinônimas. Transformar e expandir conceitos originais é um bom jeito de exercitar e inovar. Confira as demais perguntas e respostas:

LJ – Afinal, porque a cultura de inovação é importante?

BB – Porque se inovação faz parte da cultura e dos valores da empresa, não é apenas uma área isolada, significa que é perene, constante e permeia todas os níveis e todas as pessoas da empresa. Qualquer inovação tem pouca chance de sair do papel sem a colaboração de toda a estrutura da empresa.

LJ – Inovação é apenas para startups ou tecnologia?

BB – Não, inovação é preciosa para todas as organizações, da nova e da velha economia. O que varia é timing, na tecnologia o ciclo precisa ser curto, já em negócios tradicionais os ciclos tendem a ser longos. Até mesmo nas pequenas e médias empresas que representam 99% dos negócios, 30% do PIB e 55% dos empregos, a inovação está presente no negócio ainda que “escondida”. Apesar do presente apoio do Sebrae, as pequenas e médias empresas não sabem que são criativas e os conselheiros e consultores têm papel fundamental de ajudar na jornada de inovação nesses casos.

LJ – Inovação é algo só para quando as coisas vão bem?

BB – A inovação na crise é necessária para buscar caminhos alternativos ou aproveitar vantagens competitivas já implantadas, porém muitas vezes vemos as empresas adiarem a inovação para “apagar fogo” em outras coisas e se fragilizam na crise. O risco é adiar tanto que a empresa deixa de existir. Por isso a inovação não pode ser um projeto, tem que fazer parte do DNA da empresa, em exercício constante. Sem pressão de tempo ou do mercado, a empresa tem mais fôlego e resiliência para inovar.

LJ – Por que o Conselho deve se preocupar com esse DNA?

BB – Ou a empresa se renova constantemente ou se limita. O mesmo vale para o Conselho da empresa. O Brasil ocupa a 57ª posição no Índice Global de Inovação. Ainda estamos muito abaixo do nosso potencial. Nós – conselheiros, consultores – temos papel fundamental de acompanhar o tema como estratégico e inspirar os gestores de empresas, pequenas a grandes, promovendo a confiança criativa e a reflexão sobre a cultura e os espaços de inovação. Temos também que ficar próximos aos stakeholders e tendências de mercado e participar do esforço criativo.

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