A partir de setembro um foco está nas vendas do fim do ano e outro no orçamento de 2023. A missão mais importante do Conselho é inspirar e preparar a empresa para crises e desafios, para que conheça e acompanhe suas fortalezas, fraquezas, oportunidades e riscos e defina a melhor estratégia. Ainda mais relevante agora, pois é possível haver uma recessão global. O mundo enfrentou alta inflação em 2022 pós medidas econômicas do COVID-19. Estamos 20% mais pobres: em agosto de 2020, R$ 100,00 compravam o que hoje se compra com R$ 119,25. Desde 2015 o governo do Brasil gasta mais do que ganha, é um rombo repassado para nós, via inflação, impostos, e, ao empurrar com barriga, pode prejudicar o crescimento econômico, vendas e empregos.
Como esses cenários afetam os custos da empresa? Como afetam o salário digno dos nossos trabalhadores? Como afetam fornecedores da empresa? Alguém pode quebrar e afetar a gente? O que dá para fazer para economizar e ganhar juntos mais produtividade? O nosso preço está certo e o que é possível fazer para repassar pressões inflacionárias aos preços sem perder vendas? Como a inflação e recessão afetam a decisão de consumo dos nossos clientes? Como uma mudança de estratégia da empresa, de marketing ou inovação, pode colaborar nessa missão? Faz sentido rever projetos de investimento e expansão? A empresa já tem as linhas de crédito ou capital e os recursos necessários para financiar sua atividade e expansão já programadas, evitando quebra de caixa ou acréscimo imprevisto de custos de financiamento?
São dúvidas que sempre precisam ser levantadas pelos bons Conselhos e respondidas pela administração das empresas no planejamento estratégico e orçamentário. Aí vão algumas perguntas adicionais que o Conselho poderia fazer na revisão de 2022 olhando para 2023: A pandemia nos ensinou a trabalhar remotamente, será que precisamos de tanto espaço? Será que dá para repor em parte a perda de salário real reforçando a participação nos lucros como forma de correr atrás de mais produtividade?
Dá para negociar condições e prazos com fornecedores tendo em vista a estratégia de venda da empresa? Há outros fornecedores para experimentar? A empresa conhece a preferência dos consumidores e pode mexer no pool de produtos e serviços fazendo substituiçoes ou agregações que caibam no bolso e agradem mais? Dá para mexer no momento ou forma das campanhas de venda para captar mais público? A empresa já tem uma estratégia de gestão de venda e relacionamento em ecossistema e tem oportunidades para explorar nessa linha? qual o custo benefício? Há inovações a explorar nos processos de venda e administrativos para ser mais assertivo e produtivo? Quais são os cenários de estresse para 2023 de caixa e de vendas e quais são nossos planos A, B e C para eles?
É muita coisa! Que bom que estamos em setembro e tem alguns meses para conversar, mãos à obra!
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